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Prevenção do Câncer de Mama: Caso Angelina Jolie


Publicado em: 14/06/2013


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Tenho recebido diversas pacientes com dúvidas sobre o procedimento ao qual a Angelina Jolie se submeteu com retirada de ambas as mamas.

Desta forma, procuro trazer algumas informações importantes sobre tema tão polêmico. 

O risco de uma mulher vir a ter câncer de mama durante a vida é de aproximadamente 12%, ou seja, uma em cada oito mulheres desenvolvem este tipo de câncer. No entanto, se a mulher pertencer a uma família portadora de uma mutação genética, como a Angelina Jolie, os riscos de desenvolver a doença sobem para 80%. Vale ressaltar que apenas 5% da população tem esta mutação genética. 

O rastreamento de câncer de mama na população em geral (95% das mulheres) é realizado com consultas periódicas ao ginecologista e exames de mamografia a partir dos 40 anos. 

A grande questão se põe com relação a quem tem mutação genética (mutação genes BRCA1 e BRCA2). 

Os fatores de risco para ter esta alteração genética são:

  • Quem já teve câncer de mama antes dos 50 anos.
  • Mãe, irmã ou filha que tiveram câncer de mama antes dos 50 anos.
  • Mulher na família que teve câncer de mama e ovário.
  • Mulher na família que teve câncer de mama nas duas mamas.
  • Homem na família que teve câncer de mama.

Quem apresenta um ou mais destes antecedentes deve realizar um aconselhamento genético. 

O primeiro passo nesta consulta é o calculo do risco individual com base no histórico familiar. A segunda parte da consulta consiste na decisão sobre fazer ou não o exame de sangue para descobrir a mutação genética do BRCA1 e BRCA2. Decisão que não é nada fácil. Envolve conhecer os riscos e benefícios do exame genético, como custo, privacidade e principalmente sobre como lidar com a situação de quem carrega a mutação do gene. 

Cada ser humano reage de forma diferente. Talvez para Angelina Jolie que tinha a família constituída ficou mais fácil tomar a decisão de realizar a cirurgia. 

Já no caso de uma mulher jovem sem filhos a decisão é muito mais complexa tanto do ponto de vista psicológico como dos riscos atrelados à cirurgia. 

O objetivo desta matéria é esclarecer algumas dúvidas e pontuar quem deve fazer o exame de rotina por não ter risco aumentado e quem deve cogitar sobre a realização do exame genético. 

Espero ter contribuído para sanar suas dúvidas e estou a disposição para maiores esclarecimentos. 

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