Obstetrícia / Neoplasia Trofoblástica Gestacional

Neoplasia Trofoblástica Gestacional

A Neoplasia trofoblástica gestacional é uma alteração da fecundação, quando esta ocorre em um óvulo vazio, por 1 espermatozóide que duplica seus cromossomos, resultando numa falha de divisão, não havendo desenvolvimento do concepto e o útero é preenchido por uma massa constituída de vesículas translúcidas em forma de “gotas de água”, quando se chama de mola total. A mola parcial é resultante da fecundação de um óvulo por 2 espermatozóides, e apresenta um embrião que raramente sobrevive, por ser portador de numerosas malformações (triploidia).

O quadro clínico é de atraso menstrual, com sintomas sugestivos de gestação. O teste de gravidez é positivo e freqüentemente a mulher inicia o pré-natal. A seguir pode apresentar sangramento escuro, tipo “borra de café”, com eliminação de vesículas. O útero se apresenta em volume maior que o esperado para o tempo de gravidez. Não se identificam os batimentos cardíacos fetais e a mulher poderá apresentar um quadro de pré-eclâmpsia ou hipermemese gravídica.

Os sintomas da gestante são semelhantes aos da gravidez normal, sendo que o médico poderá fazer o diagnóstico clínico pela medida do útero, maior que a esperada, e por não encontrar os batimentos cardíacos do bebê. O diagnóstico deverá ser confirmado pela ultra-sonografia, que visualiza, de forma muito clara, a ausência de embrião e a presença de vesículas dentro do útero. Ocorre também um estímulo grande dos ovários, com a formação de cistos muito grandes. As dosagens do hormônio beta-HCG (o hormônio da gravidez) mostram valores elevados, muito acima do que ocorre numa gestação normal. Às vezes, as vesículas que se apresentam dentro do útero poderão ser levadas pela circulação, instalando-se em órgãos a distância, como, por exemplo, nos pulmões. Para saber se isso aconteceu, faz-se um exame de raio X de tórax.

Nem sempre o diagnóstico é fácil, principalmente nos casos de mola parcial que apresentam embrião. Muitas vezes o diagnóstico só será confirmado com o exame de anatomo patológico. (a paciente faz uma curetagem pensando que é um aborto, só que quando sair o resultado do anatomo patológico o diagnóstico é de mola parcial).

Qual a conduta?

O tratamento é o esvaziamento molar, isto é, uma curetagem cuidadosa por aspiração manual intra-uterina ou por aspiração elétrica, sempre precedida de cuidados clínicos rigorosos, para eventual correção de anemia, hipertireoidismo e estabilização dos níveis pressóricos. Radiografia de tórax, dosagem do beta-HCG, hemograma completo, testes de função hepática e tireoidiana são os exames pré-operatórios. Preconiza-se anestesia peridural ou raquidiana que proporcionam um tempo cirúrgico adequado para o procedimento de vacuoaspiração, aspiração manual intra-uterina ou curetagem uterina. Os cistos ovarianos grandes regridem após o esvaziamento da cavidade uterina pela curetagem, não devendo ser operados.

Após o esvaziamento molar, a mulher deverá manter acompanhamento médico realizando exames da beta-HCG até os valores ficarem negativos. Nos casos de mola completa a paciente deve aguardar 1 ano para tentar uma nova gravidez e nos casos de mola parcial este acompanhamento é de 6 meses. Nesse período ela deve usar um método seguro de anticoncepção, recomendando-se que não engravide até a alta médica.
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