Obstetrícia / Medicina Fetal

Medicina Fetal

A medicina fetal é a área da Obstetrícia em que o feto é o paciente, permitindo o acompanhamento de seu desenvolvimento e crescimento, de forma a identificar seu estado de normalidade ou seus desvios, sejam estes de natureza anatômica ou mesmo funcional. O reconhecimento dessas alterações permite, muitas vezes, uma medida terapêutica direta ou indireta, isto é, uma atuação direta no feto, ou na mãe, com medicamentos e condutas que atinjam o feto, com o intuito de melhorar suas condições.

Na imensa maioria das vezes o bebê se apresenta completamente normal, e este reconhecimento já pode ser iniciado aos 2 meses de gestação, contudo, a certeza da normalidade só poderá se concretizar, mesmo, com o nascimento. Porém, a medicina fetal oferece inúmeras maneiras de tranqüilizar a futura mamãe, já que a ultra-sonografia determina indiretamente o estado, tanto o morfológico quanto o funcional, da normalidade da criança, o que emocionalmente promove um ideal equilíbrio da gestante e seus familiares.

O médico especializado em medicina fetal, também chamado fetólogo, é o que estuda as doenças maternas que podem afetar o curso da gravidez, e capacitado, acima de tudo, em reconhecer o que é um feto normal e os seus desvios de crescimento, desenvolvimento e as alterações genéticas e cromossômicas. Diante do diagnóstico de alguma alteração de ordem fetal, o fetólogo deve procurar determinar um prognóstico e avaliar se existem maneiras de fazer um tratamento antes do nascimento.

Atualmente, existem maneiras de se fazer um tratamento, ainda dentro do útero, fato este que pode mudar o transcorrer da gravidez, e conseqüentemente, melhorar o futuro da criança após o nascimento.

A ultra-sonografia é o exame de excelência dentro da medicina fetal, uma vez que permite que o especialista possa, de uma forma cada vez mais apurada e precisa, desvendar o feto em seu ambiente, com uma visão muito objetiva. É possível fazer o reconhecimento de suas características de normalidade a cada idade gestacional, com o conhecimento das possíveis variações individuais consultando-se tabelas muito bem elaboradas, e identificar as divergências do estado de normalidade.

Portanto, a ultra-sonografia se constitui no carro-chefe desta especialidade e, através dela, se realizam vários exames que, com certeza, irão deixar tanto a gestante e sua família mais tranqüilas, como também poderão orientar o pré-natalista a cuidar melhor do bebê.

Os exames fundamentais são:

  • Ultra-Sonografia Morfológica Fetal de 1º Trimestre

    Exame no qual, alem de poder confirmar o tempo de gravidez, se avalia a nuca do bebê (translucência nucal), o osso nasal e um vaso chamado ducto venoso, que, quando avaliados entre a 11ª ou 14ª semana de gravidez, permitem uma correlação boa com a normalidade do bebê, do ponto de vista cromossômico; e quando alterados, implicam na necessidade de exames mais sofisticados, não significando necessariamente que haja comprometimento fetal. É um bom exame de rastreamento.

  • Ultra-Sonografia Morfológica Fetal de 2º Trimestre


    Realizada entre 20ª-24ª semana de gravidez, permite ao ultra-sonografista uma visualização quase total do feto, tanto externa quanto internamente. É um exame muito tranqüilizador, tanto para a família quanto para o médico obstetra.

    Este é um exame mais apurado e demanda maior tempo para a sua realização, com um aparelho mais sofisticado, além de treinamento maior do examinador.



  • Dopplerfluxometria

    De forma simplista avalia, através da velocidade do fluxo sanguíneo nos diversos vasos, tanto do feto quando da mãe, o estado da circulação materna que chega à placenta e à circulação do bebê, podendo trazer informações importantes sobre o bem-estar do feto e seu prognóstico.

  • Cardiotocografia

    Exame em que os batimentos cardíacos fetais, a atividade uterina (contrações) e os movimentos fetais são captados por transdutores, colocados no abdome materno, e são registrados de forma impressa, num tempo que varia de 20 a 30 minutos e permite uma avaliação do bem-estar fetal.


  • Perfil Biofísico Fetal

    Exame que associa a ultra-sonografia com a cardiotocografia e avalia o bem-estar fetal por meio de batimentos cardíacos, movimentos, tônus e movimentos respiratórios fetais, além da quantidade de líquido amniótico.

  • Ecocardiograma Fetal

    Exame realizado por cardiologista para avaliação detalhada do coração e da circulação fetal.

  • Ressonância Nuclear Magnética Fetal

    Exame possível para o feto, e é reservado para situações especialíssimas em que a ultra-sonografia possa deixar dúvidas na avaliação de complicações fetais.

  • Amniocêntese



    Consiste em punção, com coleta de líquido amniótico, que se destina para a avaliação do cariótipo (conjunto de cromossomos de um indivíduo) em gestante de alto risco para cromossomopatia (doença cromossômica, ou seja, genética) ou de acordo com a vontade do casal.

    A época para coleta fetal pela amniocêntese á a partir da 15ª-16ª semana de gestação.









  • Biópsia de Vilo Corial



    Coleta de fragmento pequeno de tecido placentário para análise do cariótipo fetal em situações de risco cromossômico realizado a partir da 12ª semana de gestação.







  • Cordocêntese

    É a punção do cordão umbilical, sob visão ultra-sonográfica, que se presta para coleta de amostra de sangue fetal para alguns exames muito específicos, e, às vezes, para tratamento fetal, principalmente transfusão sanguínea em anemias graves. Este procedimento é indicado a partir da 18ª semana de gestação.


  • Determinação do Cardiótipo Fetal para Identificação de Síndromes Cromossômicas

    Pode ser um exame realizado em material obtido por Amniocêntese ou por biópsia de vilo corial, e excepcionalmente por cordocêntese (punção do cordão umbilical). Este exame é feito em laboratório e, dependendo do tipo de material, demanda crescimento das células, podendo às vezes, demorar 2 a 3 semanas para se obter o resultado.


Nem todas as grávidas precisam fazer esses exames, o fundamental é que a grávida faça o acompanhamento pré-natal com seu médico de confiança e na dependência da evolução e da caracterização de riscos é que o obstetra, em conjunto com a gestante, define a necessidade de realização de exames específicos. As ultra-sonografias morfológicas fetais de 1º e 2º trimestres, como exames de rastreamento, são recomendados. Os exames invasivos como amniocêntese e biópsia de vilo corial nunca devem ser uma imposição médica, mas sim uma decisão do casal.



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