A pré-eclâmpsia é uma hipertensão especifica da gravidez, que acomete mulheres em sua primeira gravidez e que ocorre geralmente após 20 semanas de gravidez (4 a 5 meses). Também pode comprometer mulheres que já tiveram filhos, condição essa que poderia protegê-las contra a doença. No entanto, naquelas que já apresentam hipertensão crônica e nas quais se superpõe uma pré-eclampsia, a situação é mais grave. Outras condições em que aumenta a incidência da doença são: gestação gemelar ou ainda aquelas mulheres nas quais a nova gestação é a primeira de um outro marido.
A pré-eclâmpsia é caracterizada, alem da hipertensão que se apresenta após a 20º semana de gravidez, pela associação com perda de proteína pela urina (o que pode ser detectado pelo exame de urina) e por um edema (inchaço), principalmente em membros inferiores e às vezes no rosto e nas mãos. Não é qualquer edema de pés que deve preocupar a mulher grávida, pois este é muito freqüente no final da gravidez em gestantes absolutamente saudáveis, porem, quando ele é muito intenso e acomete além de pés, pernas, rosto e mãos, é um sinal de alerta importante, e a grávida deve procurar o médico imediatamente para ser avaliada.
Existem formas leves e graves de pré-eclâmpsia. As formas leves, geralmente, não apresentam complicações maternas nem fetais, embora mereçam ser acompanhadas porque podem evoluir para formas graves. A principal conduta para evitar a piora é realizar o repouso dando-se preferência de deitar do lado esquerdo.
As formas graves, por outro lado, não tem nenhum tratamento eficaz até o momento; a melhor forma de tratamento é a resolução do parto, porém, esta conduta deverá levar em conta o tempo de gestação e a viabilidade do feto.