Ginecologia / Incontinência Urinária

Incontinência Urinária

É a perda de urina involuntária, geralmente associada ao esforço físico (por exemplo, tosse, espirro ou risada) ou a vontade incontrolável de urinar. Na mulher, os mecanismos de contenção da urina estão mais sujeitos a lesões, principalmente por causa de partos vaginais. A uretra feminina tem cerca de 4 cm de comprimento, e para seu bom funcionamento depende de produção hormonal adequada e da integridade de estruturas que a mantém na posição correta.

A mulher pode perder urina devido:

  • Incontinência de Esforço
    Quando ocorre um aumento da pressão intra-abdominal (tosse, espirro), há perda incontrolável de urina, pois os mecanismos de contenção estão enfraquecidos.
  • Incontinência por Urgência
    É a perda de urina associada a um desejo incontrolável de urinar por aumento da atividade da bexiga.


Cerca de 15% das mulheres que ainda menstruam apresentam algum tipo de incontinência urinária. Após a menopausa chega a 60% a porcentagem de mulheres que perdem urina. A incontinência urinária de esforço decorre de uma falha no mecanismo de aumento de pressão uretral, que deve ser maior que o aumento de pressão intravesical. Geralmente, o defeito decorre de trauma de parto e enfraquecimento das estruturas de contenção por ocasião da menopausa. Outras vezes, o aumento da pressão abdominal por obesidade pode sobrepujar os mecanismos de fechamento da uretra e nessas condições apenas a diminuição de peso leva ao equilíbrio, com cura do processo.

A incontinência urinária por urgência é devida a várias causas: bexiga hiperativa, cistite aguda, cistite intersticial e irritabilidade do músculo da bexiga. O diagnóstico é feito pesquisando a maneira como ocorre a perda de urina. O exame ginecológico poderá revelar uma perda de urina quando a bexiga está cheia quando a paciente faz algum esforço (tipo tossir), e caso perda de urina surge a possibilidade de incontinência urinária de esforço.

Sempre é importante solicitar exame de urina e cultura para avaliar se há infecção urinária. O exame endoscópico da bexiga (cistoscopia) também é utilizado para diagnosticar cálculos, tumores e cistite intersticial. Mas o teste urodinâmico completo é que vai analisar o funcionamento da bexiga e uretra, identificando qual o efeito em questão, orientando o tratamento.

O tratamento de incontinência urinária pode ser clínico. Em se tratando de cistite aguda ou crônica, o uso adequado de antibióticos cura a cistite e a incontinência urinária. Se ela surgiu após aumento acentuado de peso, o emagrecimento resolve a incontinência. O tratamento da tosse crônica também pode levar ao alívio da incontinência urinaria. Quando surge após a menopausa, é possível que a reposição local de hormônios (cremes vaginais de hormônio) restabeleça os mecanismos de contenção da urina, tratando a incontinência.

Na incontinência urinária de esforço, pode-se, através de exercícios que reforcem a musculatura pélvica (exercício de Kegel), diminuir ou até abolir a perda involuntária de urina.

Tanto o uso de hormônios como de drogas que modulam o ato do micção em casos de incontinência urinária de esforço devem ser prescritos por médico após avaliar o diagnóstico e as vantagens e desvantagens de cada droga.

A incontinência urinária de esforço pode ser tratada em seus vários graus por uma série de técnicas operatórias. Como o problema básico é uma perda do mecanismo de contenção da urina por frouxidão dos tecidos, hoje em dia usam-se materiais sintéticos inabsorvíveis, inertes, resistentes e autofixantes, para manter as estruturas em posição adequada, restabelecendo a fisiologia.





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