Os exames devem ser solicitados conforme a necessidade de cada caso. Em geral os exames mais solicitados são:
Hemograma (descartar anemia, infecção e diminuição de plaquetas)
Tipagem ABO – Rh (tipo sanguíneo)
Glicemia
RSS (reações sorológicas para sífilis)
Sorologia para HIV
Sorologia para Hepatite B e C
Sorologia para Toxoplasmose
Sorologia para Rubéola
Sorologia para CMV (citomegalovírus)
Urina I
Urocultura + Antibiograma se necessário
Colpocitologia Oncótica (Papanicolaou)
Ultrasonografia Obstétrica
1º exame pode ser feito a partir da 5º ou 6º semana de atraso menstrual. O exame é feito pela via transvaginal e confirma a gestação, sua localização, o número de fetos e a idade gestacional.
2º exame – entre 11º e 14º semana. É a Ultrasonografia Morfológica do 1º trimestre que irá avaliar a translucência nucal (nuca do bebê), o osso nasal e o Doppler do ducto venoso. Este exame rastreia as pacientes com risco de alterações cromossômicas como a Síndrome de Down. Conforme a idade da paciente existe um risco populacional, por exemplo gestante de 35 anos tem risco de ter uma criança com Síndrome de Down na proporção de 1 em 187 gestações. Com o resultado do exame de ultrassom este risco é corrigido podendo na maioria das vezes diminuir, por exemplo passando para 1 em 1500 gestações. Mas algumas vezes o risco aumenta e nestes casos o casal pode conversar com seu obstetra para verificar a necessidade de outros exames mais invasivos como a amniocêntese ou a biópsia do vilo corial.
3º exame – Ultrasonografia Morfológica Fetal – entre a 20º e 24º semana de gestação. Neste período o feto já desenvolvei todas as suas estruturas anatômicas, sendo possível identificar o sexo, além de malformações como lábio leporino, hidrocefalia, mielo meningocele, agenesia renal, válvula de uretra posterior entre outras malformações.
Medida do Colo Uterino pela Ultrasonografia Transvaginal – este exame pode ser realizado na época do US Morfológico entre 20º e até 28º semana de gestação. Caso a medida do colo uterino seja curta, isto é, inferior a 15 ou 20mm, existe um grande risco do parto ser prematuro devendo o obstetra orientar algumas medidas para postergar o parto, sendo a principal o repouso domiciliar.
4º exame – Ultrasonografia Obstétrica + Dopplerfluxometria Colorida – entre 33º e 36º semana. Este exame avaliará o desenvolvimento fetal, a quantidade de líquido amniótico e a placenta.
Outros exames de ultrassom podem ser solicitados conforme a necessidade do caso e a ansiedade do casal.
Ecocardiograma Fetal – este exame pode ser solicitado após a 20º semana de gestação como rotina ou nos casos suspeitos de malformação cardíaca (por exemplo gestantes diabéticas)
Exames de Sangue – na 26º/28º semana de gestação é importante repetir alguns exames de sangue. O mais importante é o Teste de Tolerância Oral a Glicose (TTOG) onde a gestante ingere 50g de glicose e após 1 hora colhe o sangue. Este exame ajuda a identificar as pacientes com risco de diabetes gestacional e que deverão ser submetidas a curva glicêmica. Nesta oportunidade outros exames podem ser solicitados como o Hemograma (avaliar a anemia), sorologias que vieram negativas no início do pré-natal como Toxoplasmose, CMV, Rubéola, HIV, hepatite B e C e RSS. A importância destes exames é descartar a possibilidade de contaminação durante a gravidez. Também pode ser solicitado o exame de Urina I e Urocultura + antibiograma, uma vez que a gravidez é um período maior de risco para infecção urinária. E a infecção é uma importante causa de trabalho de parto prematuro.
Pesquisa de Estreptococo Agalactie por Swab Vaginal e Perianal – deve ser feita a partir da 35º semana de gestação. O exame identifica uma bactéria que pode estar presente na vagina ou no ânus em 15 a 25% das gestantes. Uma vez identificada a bactéria não há necessidade de tratamento imediato. A conduta é no momento do parto a gestante receber uma dose de ataque de antibiótico (Penicilina Cristalina /ou Ampicilina) e depois receber uma nova dose de antibiótico a cada 4 horas até que ocorra o nascimento. A transmissão da bactéria (estreptococo agalactie) durante o trabalho de parto é muito baixa, mas quando acontece o recém-nascido pode desenvolver uma infecção grave com meningite e septicemia. Portanto, conhecendo as gestantes com colonização por estreptococo o tratamento no momento do parto deve ser instituído evitando-se o risco da infecção neonatal.